quarta-feira, 19 de setembro de 2018

"tarde", de Suely Andrade





Tentativas proteladas,
Morosas.

 
As tardes, todas tão frias...
Estavam mudas as estradas.
Tu, mudo, rias.

 
No ar, o cheiro de rosas,
Funesto.
Agora era tudo vão,
Tudo findo,
Nem resto.

 
A chuva, chorando e rindo,
Caindo firme ao chão,
Enquanto rias
Mudo,
Ruminando.

 
Dantes do nada, tudo
minando, minando...