Eu existo-me
onde me existem os dedos inteiros
voadores todos
na minha mão,
coexistindo comigo e com a vida lá fora
mais infinita que o inesgotável.
Eu existo-me
quando os meus dígitos
escrevem-me tempo a tempo
dentro dos meus versos
as asas que existem
todo o meu canto.
Eu existo-me
dentro deste ruído sonoro
atravessando urgente
todo meu pensamento.