lírios em mãos de carrascos
pombal à porta de ladrões
filho de mulher à boca do lixo
feridas gangrenadas sobre pontes quebradas
pombal à porta de ladrões
filho de mulher à boca do lixo
feridas gangrenadas sobre pontes quebradas
assim construímos África
nos cursos de herança e morte
quando a crosta romper os beiços da terra
o vento ditará a sentença aos deserdados
um feixe de luz constante na paginação da história
cada ser
um feixe de luz constante na paginação da história
cada ser
um dever e um direito
na voz ferida
na voz ferida
todos os abismos
deglutidos pela esperança