Tempo, quem és?
Corres, voas, giras?
Se não tens pernas, nem asas, nem engrenagens
és uma mentira
És um conceito criado
diante da necessidade de se eleger um culpado
pela dor da saudade
pelas oportunidades perdidas
pela efemeridade que não se admite
pelo amor que poderia ter sido
Tempo,
és um fantasma
que imóvel assiste
ao que nos ocorre
do nascimento à morte
A rigor, tempo, tu nem existes.
Se não tens pernas, nem asas, nem engrenagens
és uma mentira
És um conceito criado
diante da necessidade de se eleger um culpado
pela dor da saudade
pelas oportunidades perdidas
pela efemeridade que não se admite
pelo amor que poderia ter sido
Tempo,
és um fantasma
que imóvel assiste
ao que nos ocorre
do nascimento à morte
A rigor, tempo, tu nem existes.