quarta-feira, 8 de agosto de 2018

"fim de tarde", de Alice Bastos




todos os dias
a lua é suspensa
por um barbante invisível
pregado no cume
do Universo

e assim, em verso
as árvores espalham seus galhos
sobre o alaranjado
na beira
do céu

vez em quando
surge uma pipa
desenhando as curvas do vento
e, por um breve momento
a gente vê poesia
em imagem
e movimento