sábado, 27 de outubro de 2018

"malabarismo" de Ana Maria Gazzaneo





Desasada, quedo-me 
no chão abissal 
da desilusão 

Veneno ou remédio 
da taça servida
eivam meu desdém... 

Dou de ombros 
rasgo a veste outonal 
me desnudo e assim 
verto em hipotética 
dança espectral
para o céu me guio... 

Neste rodopio 
que me enfeitiça 
me solto da pinça 
escavo o suspense 
acordo a suspeita 
dormente em seus olhos 
reinante às espensas 
de minha agonia 

Assalto o seu riso 
roubo a cena após 
atada por nós 
indeléveis, vãos 
reino à revelia.





Saiba mais sobre Ana Maria Gazzaneo clicando aqui.